Os Incas foram um dos povos mais civilizados da América. Compunham, principalmente as tribos Quéchuas, Aymará, Yunka, etc, que formavam, segundo os espanhóis o Império dos Incas, denominação derivada da família reinante pertencente à tribo dos Quéchuas, a principal do império.
Cerimônia do "Inti Raymi"ou 'Festa do Sol"
Na área andina, mais precisamente na região de Cuzco (atual Peru) e tendo como precedentes as culturas nazca e mochica, nasceu o Império Inca. Seu fundador foi Manco Capac, o primeiro Inca, considerado Filho do Sol.
Em tomo do ano 1200, Capac dominou as tribos de Cuzco, e seus sucessores estenderam a conquista inca rumo ao norte e ao sul, ao longo da Cordilheira dos Andes.
Na época em que era mais amplo, o Império Inca englobava os atuais Peru, Bolívia, parte do Equador, o noroeste da Argentina e o norte do Chile.
O território compreendido pelo Império abrangia uma área de 3500 quilômetros no sentido norte-sul e 800 quilômetros no sentido leste-oeste. Sua população variava entre 3 e 16 milhões de pessoas.
A civilização Inca deixou uma herança espetacular para o mundo moderno: alimentos como a batata, o milho, a quínua; drogas como o quinina e uma incrível rede de caminhos pavimentados marcados por magníficas ruínas. O quéchua era a língua oficial dos Incas e, até hoje, é falada por mais de 10 milhões de pessoas. O povo andino ainda conserva elementos da religião Inca como: fazer oferendas aos Apus e aos espíritos das montanhas sagradas, outros são adeptos à religião católica. Sobre tudo, os valores Incas dos trabalhos duros e a cooperação mútua são evidentes na vida cotidiana de seus descendentes.
As Construções Incas são famosas por suas paredes de pedra que foram encaixadas com incrível precisão. Uma folha de papel fino seria impossível de passar pelas uniões. Embora os incas já conhecessem o ferro e o aço, nenhum mecanismo feito com estes materiais foi usado para mover as enormes pedras. Eles trabalharam com fraturas naturais das rochas, algumas vezes perfurando linearmente os buracos que tapavam com cunhas de madeiras. Suas ferramentas eram de bronze, prata e hematita as quais, eles lixavam pacientemente para dar um acabamento satisfatório. Mover as pedras grandes para o lugar desejado necessitava de grande mão de obra e, a pesar de utilizar rolamentos de madeira e pedra, nunca utilizaram rodas, talvez porque não tinham metais suficientemente resistentes para fazerem eixos.
Fortaleza Inca - Sacsayhuamán em Cusco, Peru
A Religião Inca prestava adoração ao sol, lua e estrelas. Qualquer pessoa que tenha sentido frio lancinante estando nas montanhas, entenderá porque eles adoravam o sol acima de todas as coisas. Eles desenhavam janelas para prever o solstício de inverno e confeccionavam pedras com pontas alinhadas com uma precisão invejável com as montanhas sagradas.
Os Incas viviam em harmonia com a natureza. Eles adoravam a mãe terra (Pachamama), a água e os cultivos sagrados como a quínua e as folhas de coca. A coca, do quíchua kuka, é uma planta narcótica da família das Erythroxylesd, nativa da Bolívia e do Peru (Erythoxylon coca). Ao arbusto conhecido por este nome, os peruanos chamam “ipatú”, podendo atingir de 1 a 3 metros de altura. Uma casca esbranquiçada cobre toda a sua haste. As flores são pequenas e amarelas e o fruto vermelho, oblongo e carnoso. Existe ainda a espécie Erytroxylum novogranatensis que contém um menor teor de cocaína. Essa variedade da planta é hoje refinada e comercializada, legalmente diluída em refrigerantes, principalmente a Coca-Cola. Os peruanos e bolivianos mascam as folhas, depois do que, dizem, podem resistir não só a maiores fadigas e ao sono, como também aos jejuns prolongados. Entre os habitantes do vale Calchaqui, na Argentina, achava-se muito arraigado o costume de “coquear”, isto é, mascar folhas de coca.
Os descendentes dos Incas ainda fazem oferendas aos elementos citados. Os três níveis do mundo andino foram simbolizados por animais: a serpente (a sabedoria e o inframundo), o puma (poder e a superfície da terra), o condor (o mensageiro dos céus). O Inti Raymi, por exemplo, é uma antiga celebração religiosa Inca, como todos sabemos, os Incas rendiam culto a seu Deus: O Deus Inti ou Sol em sal tradução ao português. Antigamente o Inti Raymi durava uns 15 dias, se faziam sacrifícios e se apresentavam bailes ou danças para adorar ao Deus Sol. O último Inti Raymi realizado com a presença do imperador Inca foi no ano 1535; um ano antes de “A conquista espanhola”, que na realidade foi a Invasão espanhola dada no ano 1536. Atualmente o Inti Raymi é uma representação teatral com milhões de cusquenhos e pessoas de todas partes do mundo, que se reúnem para este acontecimento que é uma das manifestações culturais e tradicionais mais atrativas. Esta celebração Inca faz com que a cultura do antigo império permaneça viva de algum modo nos descendentes dos incas.
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